domingo, 15 de janeiro de 2017

Antepassado: Capitão João de Almeida Maia (8º avô)


João de Almeida Maia, foi o primeiro possuidor e fundador da Fazenda do Ribeirão, residia, nos princípios do século 18, em Santa Luzia, sendo provável que tenha vindo de São Paulo, acompanhando alguma bandeira.

Era homem de volumosos cabedais, conforme demonstram alguns dos empreendimentos por ele levados a efeito.

Adquiriu as terras em que fundou a referida fazenda do Recolhimento de Macaúbas, após a morte de Felix da Costa.

Era casado com D. Antônia Alves (ALZ) de Oliveira. Deste consórcio teve filhos. Dos quais são conhecidos três do sexo feminino. Das suas três filhas, duas foram recebidas como freiras no Recolhimento de Macaúbas, no dia 16 de março de 1741, uma, com o nome de Ana Maria da Glória e outra, como o de Vicência do Espírito Santo. Cremos que os seus nomes de batismo era estes mesmos, pois, naquele tempo, conforme supomos, as recolhidas ao dito mosteiro não mudavam o nome, como acontece agora. A terceira filha, que preferiu permanecer no século, chamava-se Tereza de Almeida.

Conforme refere D. Joaquim Silvério de Souza, em sua obra “Sítios e Personagens”, nos capítulos 39 e 40, João de Almeida Maia trabalhou na construção do segundo convento de Macaúbas, esse vetusto edifício que atravessou já mais de duzentos anos. Em 1741, fez ele a muralha de taipa que cercava a clausura e o pomar. Em 1742, executou o serviço de rebocação de uma parte do velho casarão.

O primeiro serviço ele fez para pagar a importância do dote exigido para a admissão de suas filhas. Pelo segundo, recebeu a importância de seiscentas oitavas de ouro.

É bem provável que, naquela ocasião, ele tenha comprado à Macaúbas as terras em que edificou a fazenda do Ribeirão. Pelo baixo preço porque, naqueles tempos, eram vendidos os terrenos rurais, com aquela soma ele poderia comprar mais de cem alqueires de terra.

Como esta venerável instituição religiosa estivesse ainda no seu princípio, é admissível que os seus dirigentes tenham lançado mão das terras de que se constituía o seu patrimônio e efetuado a sua venda para que, com a importância das mesmas, pudessem concluir a construção do grande edifício, que deveria abrigar as suas professoras. E, certamente, deram ao referido capitão, João de Almeida maia, uma parte das terras que a mesma possuía nas Jaboticatubas, em pagamento da rebocação que este teria feito no mencionado convento.

Com muito fundamento, portanto, temos a suposição de que este varão adquiriu as referidas terras no ano de 1742.

Naquela ocasião, a posse do citado estabelecimento sobre os mesmos terrenos, ainda não estavam necessariamente legalizada, uma vez que a sesmaria deles constituída ainda não lhe tinha sido concedida, o que só se verificou, como já vimos, no ano de 1750. Por este motivo, talvez não foi passado ao comprador um documento público, razão por que não o encontramos entre os pertencentes à desaparecida fazenda.

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